terça-feira, 7 de junho de 2011

A MODERNA TEOLOGIA DO SACRIFICIO!

Foi o profeta Oséias quem declarou: "Porque eu quero misericórdia e não o sacrifício e o conhecimento de Deus mais dos que os holocaustos" (Os 6:6). Tais palavras denunciavam o formalismo dos israelitas quando ofereciam as suas ofertas ao Senhor.
Naqueles dias ainda vigorava a prática dos sacrificios de animais destinados a diversas especificações (Holocaustos, Pacíficas, Pecado e Culpa), sem contar as ofertas não sangrentas.
No entanto, os israelitas conseguiram banalizá-los, transformando-os em meros ritos destituídos de qualquer significado (Is 1:10-19). Ainda nos dias de Jesus o povo continuava a agir de igual modo àqueles que os precederam (Mt 9:13; Mt 12:7).
Com a morte vicária de Cristo aqueles ritos próprios da Antiga Aliança, tornaram-se obsoletos e mostram-se profundamente incapazes de remover os pecados do homem (Jo 1;29; Hb 10:4; IJo 1:7).
Todavia parece-me que os pregadores modernos resolveram ressuscitar a teologia dos sacrifícios! Constantemente afirmam que Deus está à espera de algo que venhamos a sacrificar em favor Dele.
Dessa maneira introjetam nos crentes a idéia de que as bençãos que nos sobrevêem são resultados de algo que tenhamos feito por merecê-las. Na área financeira então, eles não sabem pedir outra coisa senão que o povo sacrifique de preferência tudo o que tiver!
Os crentes são sempre instados a fazer alguma coisa que possa agradar a Deus e assim convencê-lo de enviar suas bençãos, como se fossêmos merecedores de recebê-las.
É tanta bizarrice "medieval", que chega a provocar tristeza naqueles que são capazes de discernir tamanha ignorância bíblica.
As bençãos do Senhor não dependem da quantidade de coisas que fazemos com o intuito de impressioná-lo, e sim da sua imensa graça que o leva a agir favoravelmente em relação aos que lhe suplicam algo (Mt 8:1-3).
Uma vida obediente aos princípios da Palavra de Deus, vale muito mais do que qualquer sacrifício ou oferta que direcionemos à Ele (Sl 51;17). Se alguém quiser "sacrificar" a Deus, que ofereça a sua própria vida como oferta agradável ao Todo-Poderoso (Rm 12:1-2).