terça-feira, 13 de agosto de 2013

A IGREJA QUE DEVERÍAMOS SER

     O livro de Atos dos Apóstolos de natureza histórica se ocupa em narrar o surgimento da igreja em Jerusalém, o seu crescimento quantitativo e a sua expansão até a cidade de Roma no primeiro século D.C.
     Foi justamente num dia festivo quando a festa do Pentecostes estava sendo comemorada, que Cristo resolveu inaugurar a sua igreja (Mt 16:18; At 2:1-4; 41).
     Naquela ocasião muitos peregrinos haviam se dirigido para Jerusalém, atitude esta que poderia ser repetida pelo menos em outras duas ocasiões especiais, quando a Páscoa ou a festa dos Tabernáculos fossem comemoradas (Lv 23).
     Após o sermão proferido pelo apóstolo Pedro, segundo o autor do livro, quase três mil pessoas se renderam a Cristo Jesus, iniciando dessa maneira o movimento que mais tarde passou a ser chamado de Cristianismo.
     A igreja primitiva de Jerusalém será apresentada sucintamente até o capítulo 12 de Atos, e nesta seção do livro Lucas descreve apenas os fatos mais importantes que marcaram aquela antiga comunidade cristã.
     Dessa maneira passamos a conhecer uma igreja que apesar dos sinais extraordinários operados pelo Espírito Santo e que era compostas por pessoas tão pecadoras quanto nós somos, deve servir de modelo para a igreja dos nossos dias!
     Em Atos 2:42-47 encontraremos algumas características que devem nos inspirar, levando-nos a colocá-las em prática, se de fato queremos ser uma igreja genuinamente cristã.
     No verso 42 lemos: " E perseveravam unânimes na doutrina dos apóstolos". Nesta simples frase aprendemos que igreja precisa ter doutrina sadia, possuir sólidos ensinos, e não abrir mão deles, se deixando levar por vários preceitos e doutrinas criadas por homens ou pelo próprio inimigo (Ef 4:14; Cl 2:8; ITm 4:1; Hb 13:9; IJo 4:1).
     Para nossa tristeza  hoje existem igrejas que relativizam e negociam doutrinas fundamentalmente bíblicas, passando a ensinar doutrinas espúrias, distorcendo por completo princípios neo-testamentários.
     O verso 43 inicia-se da seguinte maneira: "Em cada alma havia temor". Aqueles irmãos tinham profundo zelo e respeito pelo Senhor e tudo aquilo que estivesse diretamente ligado à Ele.
     Sabemos que o temor nada tem a ver com um sentimento denominado medo. Na verdade, temor refere-se ao modo digno como nos relacionamos com o nosso Deus.
     E as Escrituras dizem que o temor ao Senhor, faz com que o crente evidencie a verdadeira sabedoria que não se adquire por meio de expediente meramente humanos (Sl 111:10; Tg 1:5-6).
     Incrivelmente alguns costumam profanar a santidade do Senhor por meio de pensamentos, palavras e atos que denigrem o Eterno, desrespeitando a sua Pessoa (Êx 20:7; Ec 5:1; Ml 1:7-8; 12, 14).
     A igreja de Jerusalém procurava viver em santidade diante do Senhor, e em suas relações inter-pessoais, as suas vidas realmente exaltavam a Cristo!
     Ainda neste versículo somos informado que "muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos". Regularmente os milagres aconteciam entre eles, por meio de operações extraordinárias do Senhor Deus.
     Mas em hipótese alguma a igreja primitiva supervalorizava os milagres e muito menos procurava apresentá-los se modo sensacionalista como determinados grupos fazem hoje!
     Cremos profundamente que o Senhor continua realizando milagres nos tempos atuais, todavia a nossa fé não está apoiada em milagres que aparentemente só beneficiam os crentes nesta vida (Mc 16:17; ICo 15:19; Hb 13:8).
     Uma outra característica presente entre aqueles irmãos aparece no verso 44, quando se lê: "Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum". Apesar das diferentes personalidades, aquela gente conseguia conviver harmoniosamente, experimentando a unidade que fora planejada por Jesus para a sua igreja antes da fundação do mundo (Jo 10:30; Jo 17:21).
     Certamente a unidade entre eles, contribuiu para que o Senhor se agradasse deles, e continuasse abençoando aquela comunidade em todos os aspectos (Sl 133:1-3).
     Como judeus que eram na sua grande maioria, os irmãos iam regularmente ao templo. No verso 46 está escrito: "E, perseverando unânimes todos os dias no templo...".
     O templo de Jerusalém era um lugar profundamente especial para os judeus daqueles dias, pois a Presença de Deus, havia se manifestado naquele recinto (IICr 7:14-15).
     Agora fica evidente que os irmãos que congregavam em Jerusalém, optaram em priorizar o Senhor em suas vidas, buscando-o acima de tudo e de todos (Jr 29:13; Mt 6:33).
     Eles não se cansavam de buscar ao Senhor por meio de orações e tão pouco se furtavam de adorá-lo na beleza de sua santidade (Sl 96:9).
     Antes de finalizar a sua descrição sobre a igreja de Jerusalém, Lucas nos deixa ainda outras duas marcas daquela comunidade.
     No verso 47 se diz: "Louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo...". O destaque agora se volta para o fato de que o caráter dos crentes primitivos refletia tanto o caráter de Cristo, que as pessoas de fora sentiam alegria em estar com eles, pois percebiam que os crentes daquela cidade, realmente viviam o que pregavam.
     Caráter, integridade e retidão não podem ser negligenciados e descartados como se não tivessem nenhum valor. A igreja quando se mantém íntegra em suas ações, dá testemunho inconfundível acerca da transformação que experimentou através da obra salvífica de Cristo.
     Nós não seremos conhecidos pela quantidade de dons que possuímos, e sim por um caráter que demonstre quem realmente nós somos (Gn 6:8; Gn 39:2; IIRs 4:8-10; Jó 1:1; Pv 22:1; ICo 11:1).
     Finalmente o verso 47, afirma o seguinte: "...E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar". Notoriamente era o Senhor que fazia com a igreja crescesse em qualidade e também em quantidade. Todavia, podemos inferir que aquela igreja era essencialmente missionária.
     Pregar o Evangelho e ganhar almas para Cristo Jesus eram dois propósitos que faziam parte da agenda anual daquele grupo de crentes em Jesus.
     A igreja não pode perder o ardor missionário e até a volta de Jesus terá a responsabilidade de anunciar a salvação que vem do Senhor (Lc 24:47; At 1:8; Rm 10:14-15).
     Envergonhado eu percebo que temos nos afastado bastante do ideal cristão que existia entre os nossos irmãos em Cristo que viveram em Jerusalém, logo após a ascensão de Jesus aos céus e o derramamento do Espírito Santo!
     Que o Espírito Santo nos desperte, a fim de que possamos ser a igreja que Ele deseja que todos nós sejamos (Is 60:1; Ef 5:14).  
     

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Nossa Viagem ao Paraguai (Janeiro de 2013)

     No dia 18 de janeiro do corrente ano, eu e Aparecida embarcamos para uma rápida viagem missionária ao Paraguai, especificamente para Assunção, capital daquele país tão quente e acolhedor.
     Pela manhã bem cedo, tivemos a grata companhia do irmão Sérgio Monteiro, que gentilmente nos levou até ao aeroporto do Galeão, de onde embarcamos para São Paulo, e após uma estadia de poucas horas em Guarulhos voamos direto para Assunção.
     Extasiados vimos Deus cumprir parte de suas promessas para as nossas vidas, e as 15:40hs de Assunção, chegamos no aeroporto internacional daquela cidade. Lá já estavam a nossa espera irmãos preciosos e tão queridos (Pr. Neir Pereira e sua esposa irmã Ana e um brasilguaio, o Pr. Higínio Esquivel), que ao nos verem transbordaram de verdadeira felicidade.
     Após uma recepção calorosa recepção desses irmãos, fomos até o hotel e sem perda de tempo nos dirigimos ao encontro dos demais missionários brasileiros que já estavam na base missionária no bairro Fernando de La Mora.
     A noite, mesmo cansados, tivemos o privilégio de ministrar a Palavra de Deus pela primeira vez na Iglesia Bautisa Nuevo Israel. Naquela ocasião, o irmão Ricardo Ayala nascido em El Salvador,  serviu de tradutor, tornando possível aos irmãos paraguaios entenderem a mensagem que estava sendo proferida.
     Para a glória do Nome do Senhor, uma senhora se rendeu aos pés de Cristo, confessando-o como único e suficiente Salvador! Terminado o culto participamos de uma confraternização entre os irmãos, e iniciamos a jornada de degustação da comida tipicamente paraguaia.
     Assim como nos outros dias que se sucederam, o Pastor Higínio e a irmã Marilene Esquivel (esposa) nos levaram para o hotel onde ficamos hospedados.
     No dia seguinte, o Pastor Higínio nos apanhou no hotel e nos levou para a base missionária, onde passamos o dia inteiro, trocando experiências e e aprendendo um pouco da rica cultura daquele País!
     Neste período conhecemos diversos irmãos da Iglesia Bautista Nuevo Israel, todas elas, pessoas amáveis e generosas, as quais nos apresentaram o Terêrê, uma bebida tipica do Paraguai!
     Devido o intenso calor que fazia naquele lugar, por volta das 20hs a Conferência Para as Famílias teve o seu início. Esta programação foi emocionante em todos os aspectos, desde o seu início até o fechamento do evento.
     Várias pessoas se entregaram a Cristo, e tantas outras mais foram curadas milagrosamente pelo Médico dos Médicos, o Senhor Jesus Cristo!
     Bem tarde da noite, Aparecida e eu voltamos ao hotel, de onde saímos cedo no domingo para mais um dia de intenso trabalho em Assunção. O dia abrangeu visitas, aconselhamento pastoral e duas pregações na Iglesia Bautista.
     Pela manhã a ministração foi confirmada pelo Espírito Santo, através de testemunhos que foram relatados por irmãos que declararam o quanto Deus lhe falou particularmente.
     Entre o intervalo do culto matutino e o vespertino, mais uma vez degustamos o delicioso churrasco paraguaio, preparado pelo irmão Jorge, cozinheiro oficial das autoridades daquela nação!
     Cientes da nossa responsabilidade, ministramos a Palavra do Senhor, no último culto que participamos nessa rápida passagem por Assunção. Atendendo o apelo de Cristo e movidos pelo Espírito Santo uma jovem se decidiu por Cristo, e um casal aceitou a Jesus como Senhor de suas vidas.
     Experimentando um misto de sentimentos, eu e Aparecida nos assentamos à mesa com os nossos irmãos, alegres por sabermos que em Cristo somos um!
     Nos despedimos de todos eles, gratos a Deus pelas vidas do jovem Pr.Victor Hugo (Pastor da Iglesia Bautista Nuevo Israel), de sua esposa a irmã Belén, outros tantos dos quais não me recordo os nomes.
     Na segunda-feira (21/01), antes de regressarmos ao Brasil, fomos as compras e assim trouxemos algumas poucas lembranças do Paraguai!
     Visitamos ainda o lugar onde alguns mártires da guerra (crianças e adultos), onde milhares de pessoas foram mortas e cujos restos mortais estão expostos.
     Queremos também louvar a Deus pela vida do diácono Silvio e demais irmãos brasileiros que abdicaram de suas férias, para servirem ao Senhor em outra nação. Muito obrigado pelo convite e a coragem de nos permitir ingressar neste seleto grupo, composto de pessoas dos quais o mundo não é digno!
      Aos Pastores Paulo Raposo (Presidente) e Marcus Raposo (Vice-presidente), bem como aos membros da Assembleia de Deus do Barreto, o nosso sincero agradecimento, pela ajuda preciosa que nos deram.
      As 22hs do dia 21/01 finalmente aterrizamos na cidade maravilhosa, onde o irmão Alzenir,nosso amigo e membro de nossa igreja, nos levou para casa. Satisfeitos por tudo o que o Senhor fizera nesta viagem, nos reencontramos com o nosso primogênito, que ficara no Brasil e durante três dias esteve longe de seus pais.
      Se Deus permitir ainda este ano voltaremos ao Paraguai para ministrarmos a sua Palavra, através de pregações e cursos que serão realizados. Soli Deo Gloria!!!
   
   
   
   

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A Música Gospel da Atualidade.

Há 25 anos atrás me converti ao Evangelho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Naquela ocasião eu pude ter contato com os melhores hinos evangélicos até então cantados nas igrejas.
Como era bom ouvir belos cânticos espirituais incluindo os hinos da Harpa Cristã e outros mais, interpretados por irmãos que nitidamente tinham um profundo compromisso com a Palavra de Deus.
As letras daqueles cânticos transmitiam e porque não dizer ainda transmitem mensagens genuinamente bíblicas, que verdadeiramente falam aos nossos corações.
Com o passar do tempo a qualidade das letras consideradas "evangélicas" empobreceu sob todos os aspectos, principalmente no âmbito teológico!
Hoje em dia as composições musicais são extremamente comerciais, muitas delas até anti-bíblicas, mas que mesmo assim conseguem despertar o interesse de muitas pessoas, quer sejam elas cristãs ou não.
Entendo que vários são os fatores que proporcionaram o surgimento de canções cujos apelos estão voltados para as questões referentes as conquistas e sucessos que alguém possa alcançar nesta vida.
Lamentavelmente clássicos da música evangélica tais como: "Rosto de Cristo; "Calmo, Sereno, Tranquilo"; "Mais Perto Quero Estar'; "Céu Lindo Céu"; "Autor da Minha Fé" e uma infinidade de hinos verdadeiramente cristocêntricos não são lembrados por aqueles que ministram música nos que cultos que prestamos a Deus.
Confesso que tenho enorme dificuldade para cantar certos "hinos de adoração" que não passam de meras repetições e ainda distorcem princípios bíblicos com o fito de agradar os ouvidos do público, que está ávido por elas.
Constantemente ouvimos uma canção que mais ou menos diz assim: "remove a minha pedra e me chama pelo nome". Suponho que esta letra seja uma referência ao milagre operado por Jesus em Betânia, quando o Mestre ressuscitou a seu amigo Lázaro (Jo 11).
A referida letra não está de acordo com a passagem bíblica. É bem verdade que Jesus ao ressuscitar a Lázaro, lhe chamou pelo nome, porém, não foi o Senhor quem removeu a pedra que fechava o túmulo onde havia sido depositado o corpo do irmão de Marta e Maria!
Antes de ordenar que o morto voltasse a vida, Cristo ordenou que as pessoas presentes naquele lugar removessem a pedra do sepulcro.
A razão disso é muito clara, isto porque Deus jamais vai realizar algo que compete ao homem fazer. O milagre, este sim cabe ao Senhor realizar, pois foge da nossa esfera de ação.
Este é apenas um exemplo dentre vários outros que existem e são cantados na atualidade, sem que os cristãos discirnam os seus mais diversos erros.
Espero que possamos refletir um pouco mais sobre aquilo que tem sido cantado em nossas igrejas, e voltemos o mais rapidamente aos cânticos verdadeiramente espirituais. Deus nos abençoe!





terça-feira, 7 de junho de 2011

A MODERNA TEOLOGIA DO SACRIFICIO!

Foi o profeta Oséias quem declarou: "Porque eu quero misericórdia e não o sacrifício e o conhecimento de Deus mais dos que os holocaustos" (Os 6:6). Tais palavras denunciavam o formalismo dos israelitas quando ofereciam as suas ofertas ao Senhor.
Naqueles dias ainda vigorava a prática dos sacrificios de animais destinados a diversas especificações (Holocaustos, Pacíficas, Pecado e Culpa), sem contar as ofertas não sangrentas.
No entanto, os israelitas conseguiram banalizá-los, transformando-os em meros ritos destituídos de qualquer significado (Is 1:10-19). Ainda nos dias de Jesus o povo continuava a agir de igual modo àqueles que os precederam (Mt 9:13; Mt 12:7).
Com a morte vicária de Cristo aqueles ritos próprios da Antiga Aliança, tornaram-se obsoletos e mostram-se profundamente incapazes de remover os pecados do homem (Jo 1;29; Hb 10:4; IJo 1:7).
Todavia parece-me que os pregadores modernos resolveram ressuscitar a teologia dos sacrifícios! Constantemente afirmam que Deus está à espera de algo que venhamos a sacrificar em favor Dele.
Dessa maneira introjetam nos crentes a idéia de que as bençãos que nos sobrevêem são resultados de algo que tenhamos feito por merecê-las. Na área financeira então, eles não sabem pedir outra coisa senão que o povo sacrifique de preferência tudo o que tiver!
Os crentes são sempre instados a fazer alguma coisa que possa agradar a Deus e assim convencê-lo de enviar suas bençãos, como se fossêmos merecedores de recebê-las.
É tanta bizarrice "medieval", que chega a provocar tristeza naqueles que são capazes de discernir tamanha ignorância bíblica.
As bençãos do Senhor não dependem da quantidade de coisas que fazemos com o intuito de impressioná-lo, e sim da sua imensa graça que o leva a agir favoravelmente em relação aos que lhe suplicam algo (Mt 8:1-3).
Uma vida obediente aos princípios da Palavra de Deus, vale muito mais do que qualquer sacrifício ou oferta que direcionemos à Ele (Sl 51;17). Se alguém quiser "sacrificar" a Deus, que ofereça a sua própria vida como oferta agradável ao Todo-Poderoso (Rm 12:1-2).

terça-feira, 22 de março de 2011

O Padrão Bíblico Para o Casamento.

Já faz um tempinho que não escrevo nenhuma linha e a coloco neste espaço. São múltiplas as razões, todavia, hoje resolvi reservar alguns minutinhos, para que eu pudesse inserir uma reflexão.
Recentemente estava ministrando uma aula sobre a criação do homem, quando deparei-me outra vez com os versos de Gn 1:26-27. Imediatamente, veio a minha mente os discursos modernos adotados por algumas pessoas que consideram a Bíblia um livro ultrapassado e preconceituoso.
Mas afinal o que realmente o texto quer dizer? Após ter criado Adão (Adam = homem), Deus criou uma mulher (Eva = "mãe dos seres viventes"), com quem o primeiro homem viveria conjugalmente. Lá no capítulo 2, o próprio Deus ratifica essa união, que por Ele fora idealizada (Gn 2:24).
Diferente da postura adotada por um determinado grupo ideológico, o autor bíblico, ensina o real conceito de casamento! No verso 27, aparecem dois termos hebraicos, "zakar" e "neqibâ", que traduzidos, respectivamente significam "macho" e "fêmea".
Sendo assim, fica claro que não existe base bíblica, para apoiarmos qualquer outro tipo de relacionamento que fuja à esse padrão. As relações entre pessoas do mesmo sexo, sempre foram e continuarão sendo pecado para Deus.
Aqueles que pensam encontrar fundamento escriturístico para suas proposições teológicas, que defendem um tipo de casamento que não seja hétero-sexual, deveriam examinar melhor a Palavra de Deus e pedir a iluminação do Espírito Santo para que possam compreender corretamente os textos sagrados.
Que Deus continue tendo misericórdia de nossas vidas, pois carecemos imensamente de sua eterna graça!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Elocubrações evangélicas em períodos de eleições

Durante muitos anos para os evangélicos política sempre foi considerada do diabo, e por essa razão os crentes viveram alienados em relação à ela.
Hoje esse problema parece ter sido superado em alguns círculos eclesiásticos, e o que ocorre é exatamente o contrário, ou seja, uma busca desenfreada pela igreja em eleger pastores e demais crentes para os cargos eletivos.
O argumento usado é o de que "irmão vota em irmão". Esse discurso tendencioso, fruto de manipulação política em nossas igrejas, está eivado de equívocos.
Nos últimos pleitos ocorridos em nossa nação, ouvimos irmãos afirmarem que, se determinado candidato ganhasse as eleições para presidente, ele fecharia as igrejas evangélicas e perseguiria os crentes. Inclusive algumas lideranças chegaram a afirmar que os problemas do pais, seriam minorados, a medida que a igreja elegesse um presidente evangélico.
O tão temido candidato acabou sendo eleito, as igrejas não foram fechadas, pastores não foram cassados e tão pouco os crentes foram perseguidos.
Em nossos dias as "idéias fantasiosas" concernentes à possiveis retaliações aos crentes e pastores não saíram de moda. Obviamente que existem projetos de Leis que podem afetar diretamente as nossas crenças evangélicas encontradas na Bíblia.
Mas na lista de leis descritas por aqueles preocupados em proteger a igreja, a maioria não possui o menor respaldo constitucional!
A igreja não precisa de políticos que a defendam de seus inimigos, a igreja precisa sim, de crentes salvos por Jesus, que ao serem eleitos para os cargos públicos sejam pessoas que exerçam os seus respectivos mandatos de maneira que dignifiquem o nome de Cristo.
Os nossos irmãos ao serem conduzidos aos cargos eletivos, precisam ainda se lembrar que eles devem trabalhar, não apenas em favor de um grupo de cidadãos, mas sim pelos brasileiros em geral.
É de conhecimento geral que nestes últimos anos, os políticos evangélicos, com raríssimas exceções, deixaram rastros devido a participação nos escândalos politicos que muito enfeiaram e puseram em descrédito aqueles que ocupam cargos públicos.
No pleito que se aproxima, será fundamental que escolhamos conscientemente aqueles que estarão durante alguns anos criando leis e dirigindo os rumos da nação!
Mesmo sabendo que nossa pátria está nos céus, é mister que não só oremos pelos nossos governantes, mas também cumpramos a nossa cidadania escolhendo por meio do voto os líderes deste país.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A EXCELÊNCIA DA VOCAÇÃO

Vocação é a escolha feita por Deus, ao separar homens e mulheres para que o sirvam na sua obra, designando-os a fim de que exerçam eficazmente os seus respectivos ministérios.
As Escrituras destacam alguns personagens que foram escolhidos pelo Senhor e que servem de modelos para todos aqueles que também receberam do Eterno a oportunidade de atuar na seara do Mestre.
Comumente quem é escolhido pelo Espírito Santo, considera-se indigno e incapaz de exercer o ministério que à ele foi confiado. Moisés, declarou-se desqualificado para ser porta-voz de Jeová perante faraó, por ser "pesado de língua".
O servo de Deus reconhecia que devido ao tempo que viveu longe do Egito, havia perdido a fluência no idioma falado na terra dos faraós!
Jeremias quando soube que Deus o separara para o ministério profético, imediatamente procurou se desvencilhar dele, alegando não ser experiente para tamanha responsabilidade.
Tanto Moisés, quanto Jeremias, aprenderam que o Senhor quando chama alguém para serví-lo em sua obra, Ele costuma capacitá-lo!
Para resolver a falta de eloquência alegada por Moisés, o Senhor usaria como orador o irmão deste, enquanto Moisés, continuaria sendo o seu representante.
Com relação a inexperiência de Jeremias, o Soberano prometera colocar nos lábios do profeta as suas palavras.
Até hoje todos quantos receberam um chamado da parte de Deus, costumam sentir-se inadequados para atenderem o convite que lhes foi feito! O próprio Deus continua qualificando pessoas despreparadas e até mesmo consideradas indignas de assumir qualquer função eclesiástica.
A indignidade é uma outra marca presente na vida daquele que foi vocacionado. O homem honestamente admite que sua condição pecaminosa se constitui num impecilho para que ele se engaje na obra do Senhor.
O profeta Isaias, após ter visto ao Senhor no pleno exercício de seu governo, reconheceu o quanto a santidade de Deus constrastava com a sua pecaminosidade. Disse o profeta: "Ai de mim que vou perecendo, pois eu sou um homem de impuros lábios, habito no meio de um povo com lábios impuros e os meus olhos viram o Senhor dos Exércitos"!
Movido por sua bondade, o Senhor perdoou a maldade de Isaías, autorizando-o a sair proclamando a sua Palavra ao mundo.
Quanto privilégio o nosso Deus tem concedido àqueles que o servem com zelo e dedicação! O apóstolo Paulo expressou esse sentimento, ao registrar as seguintes palavras: "Eu sou o menor dos apóstolos e não sou digno de ser chamado apóstolo"!
Espera-se portanto dos vocacionados que reconheçam a excelência de seus ministérios e assim procurem servir ao Senhor com empenho e profunda sinceridade!